Crise na Bolívia: protesto contra corte de subsídios causa bloqueios de ruas e avenidas em Cobija, na fronteira com o Acre

Manifestantes bloqueiam avenida internacional em Cobija; estudantes brasileiros enfrentam dificuldades para acessar universidades

 2 de junho de 2025

Alexandre Lima

venida Internacional, que liga os municípios de Cobija à Epitaciolândia está bloqueada por millares de veículos por falta de combustível.

A crise de abastecimento de combustíveis na Bolívia se intensificou nesta segunda-feira (2), com o fechamento total da Avenida Internacional, em Cobija — cidade boliviana que faz fronteira com o estado do Acre. O bloqueio foi provocado por um protesto contra o corte de subsídios do governo boliviano, medida que elevou o preço da gasolina e agravou a escassez no país.

Moradores estão armaram barracas para aguardar a chegada do combustível.

Os manifestantes utilizaram carretas de combustível vindas do Peru para interromper o tráfego na principal via de acesso à cidade. O bloqueio atinge os dois sentidos da avenida, isolando completamente o departamento de Pando, onde Cobija está localizada. A mobilização exige a retomada imediata dos subsídios e o restabelecimento do fornecimento de combustíveis na região.

Segundo relatos de moradores, a cidade enfrenta uma paralisação quase total da mobilidade urbana, com impactos diretos nos serviços de transporte, saúde e educação. Estudantes brasileiros que cursam universidades em Cobija relatam dificuldades para atravessar a fronteira. Muitos estão recorrendo a mototáxis ou caminhando para tentar acessar as instituições de ensino.

Acesso a destruidora controlada pelo governo foi bloqueado pelos manifestantes.

O protesto não tem prazo para ser encerrado e a situação permanece crítica, com a fronteira entre Brasil e Bolívia parcialmente inviabilizada.

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