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Ao menos 72 corpos são levados por moradores para praça na Penha; total de mortos após megaoperação chega a 130

O governo do RJ tinha afirmado nesta terça-feira (28) que 60 suspeitos foram mortos durante a megaoperação na Penha e no Alemão — 4 policiais também morreram. Os corpos da praça, a princípio, não estavam neste balanço, segundo o secretário da PM, coronel Marcelo de Menezes Nogueira.

Ao menos 72 corpos são levados por moradores para praça na Penha; total de mortos após megaoperação chega a 130
Ao menos 72 corpos são levados por moradores para praça na Penha; total de mortos após megaoperação chega a 130 (Foto: Reprodução)

Moradores do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, levaram pelo menos 72 corpos para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, uma das principais da região, ao longo da madrugada desta quarta-feira (29), o dia seguinte à operação mais letal da história do RJ.

Desde terça (28), houve ao menos 130 mortes:

O governo havia informado em balanço na terça que havia 64 mortos, sendo que 4 eram policiais civis e militares.

Mas, na manhã desta quarta, o governador Cláudio Castro (PL-RJ) só confirmou oficialmente 58 mortos, sendo que eram 54 criminosos. Ele não esclareceu por que o número do balanço de ontem foi alterado.

Já os corpos levados à praça na Penha nesta quarta não constavam nos números oficiais, informou o secretário da PM, coronel Marcelo de Menezes Nogueira.

Haverá uma perícia para ver se há relação entre essas mortes e a operação.

O g1 apurou ainda que os corpos, todos de homens, estavam na área de mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, onde se concentraram os confrontos entre as forças de segurança e traficantes.

O governador Cláudio Castro disse considerar que a ação foi um "sucesso" e que só os quatro policiais mortos são "vítimas".


Reconhecimento na praça

O ativista Raull Santiago é um dos que ajudaram a retirar os corpos da mata. “Em 36 anos de favela, passando por várias operações e chacinas, eu nunca vi nada parecido com o que estou vendo hoje. É algo novo. Brutal e violento num nível desconhecido”, disse.

Segundo apurou o g1, o objetivo do traslado dos corpos até a praça foi facilitar o reconhecimento por parentes. Moradores os deixaram sem camisa para agilizar esse processo, a fim de deixar à mostra tatuagens, cicatrizes e marcas de nascença.

Muitos dos mortos tinham feridas a bala – alguns estavam com o rosto desfigurado.

Depois, a Polícia Civil informou que o atendimento às famílias para o reconhecimento oficial ocorre no prédio do Detran localizado ao lado do Instituto Médico-Legal (IML) do Centro do Rio, a partir das 8h.

Nesse período, o acesso ao IML está restrito à Polícia Civil e ao Ministério Público, que realizam os exames necessários. As demais necropsias, sem relação com a operação, serão feitas no IML de Niterói.


Corpos levados a hospital

Mais cedo, moradores também transportaram seis corpos em uma Kombi para o Hospital Estadual Getúlio Vargas.

O veículo chegou em alta velocidade e saiu rapidamente do local.















FOTOS: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/10/29/corpos-sao-levados-por-moradores.ghtml 

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